sexta-feira, 24 de abril de 2009

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Correr não seria uma boa opção, se por ventura conseguisse fugir, o trio voltaria à Panambu e o líder ordenaria uma busca intensa, recrutando seus piores mentecaptos para a busca por Carlos. Chegara a hora de lutar. Desarmado e nu, caminhou de costas observando o solo em busca de algo que poderia ferir os veadões. De faca em punho, o coroa de camisolão gritava que seria ele quem tiraria a alma do pobre diabo. O travesti investiu pesado contra a carcaça de Carlos, que sentiu a lamina penetrar pelo sovaco e assim, urrou. Ambos afundam um tanto na carne podre e Carlos alcança um crânio, que desfere com precisão no rosto do infeliz, que cai desacordado. "Um a menos" pensou, sem ligar para a tripa humana cheia de fezes que estava enrroscada em tornozelo e ignorou também seu sovaco, que vertia sangue. Ao abaixar para tomar a faca do gordo, percebe a sombra de um deles chegando por trás, era o cara siliconada. Vira-se com rapidez e ódio. A lâmina assovia e entra pelo umbigo do infeliz, resultando num enorme talho. Aplica um cabeçada direto no corte, derrubando a criatura, que indefesa, chora pela sua vida. "Não é hora para piedade" gritou o diabo ao plantar um fêmur lascado goela adentro do cara de cão. Quando procura o puto da tanga, percebe o mesmo correndo já quase fora da vala. "Alcançar, interrogar e matar!", pensou. 

Um comentário:

  1. Rapazes, isso aqui está ótimo! Texto empolgante e apesar de criado em dupla, se amarra como se fosse solo. Ou seriam Tom e Vitor um só? Brincadeira...Vida longa ao Pobre Diabo! Não desanimem!
    Abraços
    RMalvino

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