segunda-feira, 20 de abril de 2009

37

Carlos não sabia ao certo o que lhe motivara a ajudar a orca, mas continuou correndo e logo avistou o tapete amarelo radiante no fim da estrada. Nunca deu muita bola para aquelas flores, o sol estava forte e precisou diminuir o passo. Andando rápido, foi acometido por um odor inacreditável. Olhou para a beira da estrada e notou um enorme poça de merda amarela borrifada no acostamento, na hora não se deu conta que horas antes, aquela massaroca fétida habitava suas entranhas. Nauseado, voltou a correr e chegou ao campo de girassóis. Desesperado, zigzagueou por entre as milhares de flores procurando Jaci. Quando estava para sair pela outra extremidade do campo, ouviu gemidos e sussuros. De butuca, espichou a vista até encontrar a origem dos gritinhos. Foi então que descobriu porque Jaci nunca lhe dera bola, ela curtia os esquisitos. Estava fornicando com Altair, justo o anormal! "Vai entender essas vadias!" Teve que interromper o coito do mondrongo e explicou a situação da pobre Clodoalda. Sentiu nojo, aquela colossal morena sentando seminua na motoca de Altair e indo embora, com aquele cu empinado e desesperada.
Nisso, lembrou-se que havia castigado a estrada e aquela merda era de sua autoria - estava próximo da vala. Resolveu adentrar um tantinho na mata, procurar alguma resposta, talvez.
Chegando no bueiro de satanás, viu que três pessoas caminhavam cuidadosamente entre as carcaças, se muquiou nuns arbutos e observou a movimentação do elementos. Após uns minutos percebeu, eram travecos incrivelmente feios. Um deles usava apenas uma tanga, com peitos siliconados muito tortos e a barba por fazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário