segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

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Ao chegarem em frente à propriedade de Eusébio um falcão, que repousa sobre a cerca de madeira que circunda a chacrinha, voou sobre os crisântemos que ornavam esta mesma cerca. Era uma ave adestrada que fora avisar Zezé do grupinho que chegara para visitá-lo. Não demorou cinco minutos até que o crioulo aparecesse com a ave no punho revestido por uma luva de borracha verde. Ele não ficou satisfeito ao ver Carlos, pois queria distância daquela praga endemoniada. No entanto, ao abrir o portão feito de galhos de árvores, o homem deparou-se com o saíra-sete-cores, que agora estava no ombro de Rita. Aqueles cores povoaram a mente do gigante, transformando-o em um menino. Sorriu e saltitou. Mas, antes que pudesse se manifestar, percebeu 0 caminhãozinho de Catzo estacionado logo atrás, recheado de pavões na caçamba em forma de gaiola. Foi aí que ele sentiu algo estranho no ar. "Afinal, o que vocês querem por aqui?", foi sua pergunta. A mesma foi respondida por Catzo: "Me piace molto un benedeto benedito" e abriu um sorriso. Eusébio nunca imaginou que aquele dia chegaria, que teria de compartilhar ao mundo a linhagem de papagaios benedito que criara nos últimos 20 anos.

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